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Monitoração de Ambientes: fonte de informação ou desinformação?

12/nov/2015
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Claudia Ramos

imagem destacada do artigo Monitoração de Ambientes: fonte de informação ou desinformação?De alguns anos para cá tenho visto um grande investimento de TI em monitoração de ambientes. A ideia de ficar esperando alguma coisa acontecer para só então agir causa desespero em muitos CIOs e COOs. A monitoração então veio como solução para ganharmos pró-atividade e nos anteciparmos a incidentes que poderiam acontecer caso nenhuma ação fosse tomada.

Mas o que vemos é que, apesar de inúmeras ferramentas, os dados gerados por elas continuam sendo mal utilizados.

Afinal, a monitoração ajuda ou atrapalha?

Para muitas empresas, monitoração pode ser sinônimo de implantação de uma (ou mais) ferramenta, que transformará o comportamento reativo da área de operação evitando os incidentes. Mas a ferramenta é apenas o primeiro passo, é ela que vai gerar os dados que mais tarde deverão ser transformados em informação, para que por sua vez seja transformada em uma ação de prevenção ou de correção.

Uma ferramenta que gera um número excessivo de alertas, que ninguém olha, pode ser pior que não ter nenhum tipo de monitoração.  A falsa sensação de segurança gerada por uma monitoração ineficiente faz com que a equipe fique mais relaxada e deixe passar despercebidos indícios de que algo não vai bem com o ambiente.

Então como garantir que um projeto de monitoração traga o benefício esperado?

Priorize o risco:

Comece pequeno pelos seus ambientes mais importantes.  Iniciar com a monitoração de todos os ambientes, de uma só vez, pode sobrecarregar sua equipe com uma quantidade muito grande de alertas e faltar atenção no que realmente importa.

Configure alertas para os eventos que geram mais falhas.  Se tiver um histórico de incidentes, esse é um ótimo lugar para começar;

Crie Processos e Procedimentos:

O que deve ser feito em cada caso de alerta? O alerta vai abrir um chamado no Service Desk?

Definir os passos que devem ser seguidos para cada caso, ajuda a garantir que os alertas não ficarão esquecidos na caixa postal de alguém.

Use gráficos e cores:

A historia que uma imagem vale mais que mil palavras é mais atual que nunca. Usar recursos como cores e gráficos para ajudar a sua equipe a identificar o que esta acontecendo nos ambientes, economiza tempo e ampara o cumprimento de SLAs.

A maior parte das atuais ferramentas de monitoração permite a criação de Dashboard que dão uma visão da saúde dos ambientes

Analise:

Como todo processo, a monitoração precisa de análise para garantir seu perfeito funcionamento.  Estabeleça uma revisão pelo menos mensal dos problemas ocorridos e veja se houve algum tipo de falha e o que pode ser feito melhor. Aconteceram incidentes que não geraram alertas? Tivemos muitos alertas onde nenhuma ação foi necessária? Os alertas aconteceram mas não houve ação para remedia-los? O que pode ser feito para melhorar?

Olhar de forma analítica para métricas coletadas e alertas gerados , pode desvendar tendências que não foram percebidas durante o tratamento dos incidentes, onde o foco era restaurar o ambiente para seu estado normal.

Corrija:

Após serem analisados, os pontos de melhoria precisam ser implementados. Altere “thresholds” que não foram bem dimensionados e geraram alertas excessivos, melhore aquele procedimento que causou dúvida.  As correções devem ser feitas de maneira frequente. Um projeto de monitoração nunca acaba… sempre vão existir manutenções a serem feitas para garantir a eficiência da monitoração.

A monitoração pode ser uma grande aliada para melhorar a disponibilidade e a performance dos ambientes.  Mas deve fazer parte de uma política voltada para operação inteligente onde a informação é usada para melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços de Operação de TI.

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